Ninguém lê mais nada?

Tenho uma meta de ler (pelo menos) 12 livros por ano, todos os anos. É uma meta modesta, mas vamos lá. Esses dias, entretanto, me deparei com um texto no Medium no qual o autor declara, logo na primeira linha, só ter lido quatro livros no ano passado. Mas o artigo é exatamente sobre isso.…

Suzana Valença

junho 1, 2015

#goodreads, #SuzanaHerculano, AustinKleon, Leitura, Literatura, Medium, Menos1NaEstante

Na sua argumentação, com o título bem direto de Why Can’t We Read Anymore, Hugh McGuire acusa a internet de atrapalhar suas leituras e discute se não estamos todos, como ele, gastando muito tempo em sites e apps e pouco com livros.

O problema de McGuire me lembrou essa arte que Austin Kleon gentilmente colocou em seu site para download gratuito. É a minha tela de proteção no celular agora.

Em 2014, o danadinho do Austin leu 70 livros! 70! No blog ele explicou que segue algumas regras básicas para ler bastante. Eu concordei com todas, mas a mais interessante para mim é: se você não estiver nem se divertindo nem aprendendo com um livro, jogue ele na parede. Não me obrigo a ler livro chato.

Há alguns dias, li uma coluna de Suzana Herculano Houzel sobre os efeitos da literatura de fantasia no cérebro do leitor. Suzana é a mulher mais inteligente do Brasil, e que nome bonito ela tem né? No artigo, ela explica que quando lemos um livro como os de Harry Potter, aceitamos a “mágica” na história e não ficamos procurando descobrir como o truque aconteceu, o que faríamos, na vida real, se tivéssemos, por exemplo vendo um show de um mágico. Ao aceitar o lado fantástico de uma narrativa, sem buscar explicações, nosso cérebro se abre para uma nova experiência. E isso faz bem. Dá uma sensação de “surpresa e prazer para o nosso cérebro, que fica atento, querendo mais”. Suzana falou, está falado.

Márcia Lira, do Menos 1 na Estante, tem a mesma meta modesta que eu. #12livrosem2015. No blog, dá para acompanhar e comentar as aventuras literárias dela. Eu estou acompanhando o meu progresso pelo GoodReads (Me add!). Já cumpri 67% da meta. Mas o importante mesmo é que li livros muito bons até agora.

E vocês, estão lendo o quê? Se divertiram? Conseguem ler algo ou não largam o celular?

[Clica lá no título para curtir e comentar, vai!]

http://backstage.topblog.com.br/js/aWvWWvxYefR.js?format=arroba&selo=2

10 respostas para “Ninguém lê mais nada?”

Gustavo Maciel

junho 1, 2015 at 5:21 pm

Faz tempo que paro no meio de todos os livros que eu pego, mas nesse fim de semana finalmente comecei um que me empolgou: David Copperfield, de Charles Dickens. Tava parado lá em casa faz tempo. É gigante, mas peguei o ritmo e acho que dá pra terminar dessa vez…

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1. suzana valenca
  
  junho 1, 2015 at 5:57 pm
  
  Deve ser meio frustrante mesmo pegar vários livros e não achar graça de terminar. Mas acho que a regra do Austin é sensacional, simplesmente não fique sofrendo para acabar um livro que não está agradando, passe para o próximo rapidinho. Nunca li David Copperfield, depois tu me diz se é legal. Eu tinha medo de David Copperfield quando eu era pequena… do outro, kkkkkk.
  
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Regina

junho 1, 2015 at 7:24 pm

Não conhecia as pessoas citadas, foi Suzana Valença quem me falou delas. Sobre as ideias do Austin achei bastante razoáveis. Ele é mais organizado e tem um método pra ler tanto. Não faço como ele, mas leio um bocado. O que mais gostei foi largar o livro quando ele não estiver agradando. Não considerei atirá-lo na parede, mas já não insisto em levar adiante uma leitura enfadonha que não está me dando prazer. Da Suzana (sim, é um nome lindo) Herculano gostei de vê-la falar da importância do fantástico. Nunca tinha pensado sob o aspecto do movimento do cérebro com esse tipo de leitura. Faz todo o sentido. Quem leu 100 anos de Solidão, por exemplo, sabe o quanto o leitor tem de bater asas pra acompanhar aquelas viagens de Gabo. Mia Couto e Agualusa misturam realidade com fantasias de uma maneira interessantíssima. Ambos também mexem com nosso cérebro.

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1. suzana valenca
  
  junho 2, 2015 at 1:27 am
  
  A gente já sente que a literatura fantástica dá aquela cócega no cérebro, não é? Agora Suzana Herculano mostrou um estudo que indica que é isso mesmo. Com certeza Cem Anos de Solidão estimula a mente incrivelmente! Mais um motivo para a gente gostar de literatura fantástica e de fantasia.
  
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Ladyce

junho 1, 2015 at 9:33 pm

Eu não leio livros de que não gosto… chega a um certo ponto, nem sempre é muito depois do início, já coloco de lado. Há mais livros escritos que valem a pena ler do que dias que eu terei na vida, mesmo que chegue aos 102 que uma cigana me disse eu chegaria… rs

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1. suzana valenca
  
  junho 2, 2015 at 1:29 am
  
  Eu tenho um plano de chegar aos 100 🙂 Realemente, são muitos livros interessantes por aí. Geralmente, estou lendo algo e já com alguns outros na fila. Então realmente não faz sentido perder tempo com livro que não seja interessante. Aliás, pode ser um conselho para tudo na vida.
  
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Márcia

junho 2, 2015 at 11:33 am

Muito legal o post. De certa forma, saber desse artigo me conforma, é uma dificuldade da nossa época mesmo. Infelizmente, pessoas que lêem 70 livros no ano é que se tornaram diferentes. Vamos simbora nas nossas metas, obrigada por lembrar de mim e do blog. 🙂 beijo!

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1. suzana valenca
  
  junho 2, 2015 at 2:47 pm
  
  Lembrei de você, Márcia, porque temos a mesma meta de leitura. Realmente, 70 livros por ano é algo muito lindo e além da imaginação para mim. Mas me conformo de estar sempre lendo algo e me divertindo. Mais importante do que cumprir meta é nunca parar de ler. Mas nós vamos cumprir a meta do ano mais uma vez porque somos fera 🙂
  
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Mayumi

junho 2, 2015 at 1:41 pm

Eu tenho uma meta bem menos modesta, de ler um livro por semana hahaha Fracassei no ano passado, vamos ver esse ano. Mas eu não levo essa meta muito a sério não, na verdade serve mais como um "lembrete" de que eu também preciso ler.Só que eu tenho um hábito de leitura bem forte desde que eu era criança, então consigo manter um ritmo bom porque me divirto muito lendo! Meu problema é que tenho a tendência de não abandonar livros, mesmo quando não estou curtindo muito… Acho que fico com um peso na consciência, mas não sei porquê.E a internet/celular atrapalham mesmo, não só a leitura, mas até relações interpessoais e outras coisas. Eu tento não ficar tão pendurada nas redes sociais (que uso mais para fins de trabalho), mas tem horas que a gente fica hipnotizado e nem vê o tempo passar.

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1. suzana valenca
  
  junho 2, 2015 at 2:45 pm
  
  Um livro por semana, uau! Concordo com você, o hábito e o prazer de ler é que são importantes. A meta é só para a gente ir acompanhando o nosso progresso. Eu ficava com peso na consciência também. E me sentia mal de não ter lido "aquele clássico que todo mundo tem que ler". Acabei lendo muito clássico e gostando, mas já li livro só porque achava que tinha que ler. Agora tento ficar só com o que me diverte. Certamente a gente perde muito tempo nas redes sociais. O Facebook tem aquele poder de sugar meia hora da sua vida em cinco minutinhos que você passa olhando. Mas eu acho que dá para ler bastante sem ter que se abster completamente da internet 🙂
  
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