No meio do escândalo da “mineração” de dados do Facebook pela Cambridge Analytica, uma resposta comum foi #DeleteFacebook. Eu discordo. Mas acho que temos que mudar radicalmente nosso relacionamento com a rede de Mark Zuckerberg. Acho que precisamos sair da armadilha do conteúdo popular.
Facebook (e 99% das outras ferramentas de conteúdo digital) prioriza os posts mais clicados. Quanto mais clicado for um post, mais ele será visto e mais ele será clicado, criando um ciclo eterno de popularização do conteúdo popular.
Para quem quer consumir notícias, esse processo é insano! (Sim, eu já disse isso antes). Não podemos ler apenas as matérias mais lidas.
Por causa dessa discussão, lembrei de um post meio antigo de Seth Godin que se encaixa perfeitamente nessa conversa. É sobre como os conteúdos mais populares não são, necessariamente, os mais significativos. Veja o que ele diz e me diga o que você acha:
“Se tudo que você consome é a lista das mais lida, se tudo que você ouve são os hits, se tudo o que você come é o item mais popular no menu – você está perdendo.
A web nos levou a ler o que todo mundo está lendo, o hit do dia. Mas popular não é o mesmo que importante. Popular não é o mesmo que profundo. Popular nem é o mesmo que útil.
Para tornar algo popular, o criador deixa de fora as partes difíceis e amplifica os riffs que agradam a multidão. Para fazer algo popular, o criador sabe que está mudando as coisas em troca de atenção.
As músicas que você mais ama, a trilha sonora da sua vida – quase nenhuma delas foi a número 1 nas paradas da Billboard. E o mesmo vale para os livros que mudaram a maneira como você vê o mundo ou as lições que transformaram sua vida.
Popularidade não significa “melhor”. Significa, meramente, popularidade”.
Image: Pixabay
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