As obras de Nana Pauvollih não estão em nenhuma lista de livros mais vendidos. Mas ela é, provavelmente, a mais bem sucedida escritora desconhecida do Brasil. Se você não encontrar suas publicações nas gôndalas de destaques nas livrarias, não se engane. O território dela é outro. Nana domina as vendas de ebooks.

Na Amazon nacional ela está no topo do ranking de best-sellers e sua média de avaliação “varia” entre 5 e 5 estrelas. No universo online, Nana Pauvolih é unanimidade. Mas porque ela é tão conhecida apenas no mundo literário digital? É porque a maioria de suas leitoras têm vergonha de comprar o livro físico. Nana escreve livros eróticos.

Resolvi entrevistá-la sobre seu sucesso de vendas de livros digitais e, para me preparar para a conversa, li um das suas produções mais curtas. Confesso que não achei muito bom. E depois de ler várias “resenhas” das obras escritas pelas fãs enlouquecidas (as “nanetes”) da autora, comecei a achar que ia entrevistar alguém muito mais preocupada em vender qualquer coisas para leitoras bobas do que uma pessoa interessante.

Eu estava muito errada.

Nana é muito simpática e muitíssimo interessante. Para começo de conversa, ela é uma pioneira da literatura digital no Brasil. Nana começou a divulgar seus textos online bem antes de qualquer um e fez muito bom usos das redes sociais específicas sobre literatura para promover seu trabalho.

Ela também tem um posicionamento bastante aberto e sincero no caso de críticas. O conto que eu li me pareceu muito machista e eu questionei ela sobre isso. A resposta dela foi bem clara:

Não me preocupo com isso. Cada um tem sua opinião. Quem não gosta, deve ler outro tipo de literatura. Há quem goste. Se eu fosse me prender ao que pensam, não escreveria nada

— Nana Pauvolih

A honestidade com que ela respondeu toda minha entrevista é a mesma que cativa as fãs (a maioria é mulher) nas histórias de amor e sexo que Nana cria.

Não tenho “papas na língua”, ou melhor, vergonha nas pontas dos dedos. Escrevo tudo em detalhes, seja um reencontro entre pai e filho, com todas as emoções possíveis, até uma cena de sexo de várias páginas. Amo detalhes. Amo intensidade.

— Nana Pauvolih

A entrevista completa foi publicada no Digaí.

Vocês conhecem os livros de Nana Pauvolih?

Que literatura vocês consomem na Amazon?

[Clica lá no título para curtir e comentar, vai!]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Trending