Entrevistei um futurista.

Vocês sabem o que é isso?

Segundo ele mesmo: “É alguem que observa e percebe sinais. Quando esses sinais se tornam mais frequentes, eles são chamados de tendências. O futurista identifica essas tendências e procura montar cenários para o futuro baseado nelas. Vejo uma possibilidade de futuro e me pergunto o que podemos fazer hoje para chegarmos lá. Bonito, né?”.

A conversa toda com Jacques Barcia, o futurista, e o porquê de eu tê-lo entrevistado, estão aqui.

Alguns dias depois dessa entrevista, assisti a uma palestra de Alex Neuman, da Hyper Island, sobre mapeamento de tendências para o futuro. Sabem aqueles papos tão legais que dão cócegas no cérebro?

O mundo está mudando. Muito. E muito rápido. “Se tudo está em fluxo, como tomar decisões e criar estratégias?”. Essa era a pergunta principal da conversa com Neuman. E para respondê-la, o pessoal da Hyper Island tem um pensamento parecido com Barcia. “Uma forma de tomar decisões para o futuro é interpretar as tendências”.

É bom dizer o que é, de fato, uma tendência. Não é uma “modinha”. É a direção geral para a qual algum setor está se movendo. É a maneira como algo deve se desenvolver no futuro.

Mapear tendências é olhar o passado, entender o que está acontecendo hoje, no presente, e tentar imaginar o que vai acontecer lá na frente. Não é algo novo, Jules Vernes e Isaac Isimov já faziam isso. E, para a Hyper Island, a receita é até bem parecida com a arte de escrever um livro.

Observação + imaginação = previsão

A principal diferença entre tentar prever o futuro hoje e na época de Vernes é que, segundo Neuman, “hoje, praticamente todos nós podemos influenciar como as tendências vão evoluir”.

No passado, empresas e instituições tinham o poder de moldar o futuro. Hoje, os influenciadores são muitos. Há alguns anos, Oprah recomendava livros em seu programa. Com o tempo, os editores começaram a perceber que praticamente qualquer obra que ela sugerisse se tornava um best-seller. Criaram o termo “Oprah Effect”. Hoje, existe o “PewDiePie Effect”, mas para video games.

A diferença é que Oprah estava à frente de um talk show popular, em um canal de TV conhecido, que fazia parte de uma poderosa rede de empresas. Ophah está, até hoje, em listas de mulheres mais ricas do mundo. Felix Kejllberg, é um “ninguém”, gravando vídeos em casa e usando um apelido bobo para assinar suas criações. As grandes estruturas não são mais tão necessárias. De certa forma, todos nós somos “ninguéms” que podem influenciar muita gente.

Hoje temos o poder de escolher: vamos influenciar o futuro ou esperar ele acontecer?

Não tem resposta certa ou errada. Mas você pode escolher a primeira opção!

Então, se eu escolher fazer parte da multidão de criadores que querem influenciar o futuro, o que eu tenho que fazer?  A ideia deles lá na suécia é tentar criar um método para entender as tendências e bolar cenários para o futuro de uma forma científica.

Recentemente, eles lançaram um relatório chamado Changes of Tomorrow que mapeou mudanças que já estão acontecendo na nossa forma de pensar, fazer negócios, expressar nossos talentos e usar a tecnologia. É sensacional.

A partir do que é dito no estudo, Alex Neuman propoe o seguinte desafio. Primeiro, escolha qual das tendências propostas vai afetar mais a sua vida e o seu trabalho. Depois de selecionar apenas uma, responda as perguntas a seguir:

1 – Como essa tendência será uma ameaça para os meus negócios?

2 – Quais oportunidade essa tendência trará para os meus negócios?

3 – Como seria sua vida daqui a três anos se você aproveitasse ao máximo essa tendência?

4 – O que você pode fazer agora para aproveitar essa tendência ao máximo daqui a três anos?

 

Eu fiz o exercício e fiquei com a cabeça fervilhando de ideias!

 

Vamos moldar o futuro?

 

Suecos pensando no futuro. :) Fonte: www.hyperisland.com

Suecos pensando no futuro. 🙂 Fonte: www.hyperisland.com

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