A escritora Cole Arthur Riley tem uma boa pergunta para nos ajudar a prestar atenção àquela voz na nossa cabeça nos impede de criar. Ela se pergunta: “Cole, quem está com você neste cômodo?” Geralmente ela trabalha sozinha então, não tem ninguém no espaço, só a voz na cabeça dela. A questão faz com que ela pense sobre a quem essa voz pertence.
Cole é uma mulher, jovem e negra. A crítica internalizada que atrapalha o trabalho dela mesmo quando ela está escrevendo sozinha em um quarto tem a ver com o machismo e o racismo que ela enfrenta no dia a dia. Mais de um vez ela já se pegou respondendo que quem estava no cômodo com ela era um intelectual branco. É esse cara que Cole acha que vai rejeitar o trabalho dela.
Ouvi essas ideias na entrevista que ela deu ao podcast We Can Do Hard Things:
Como lidar com a crítica internalizada
Para lidar com a voz desse cara, a escritora tem duas estratégias. A primeira é lembrar que não não tem ninguém no quarto e que o trabalho é somente dela. Esse intelectual que não é necessariamente quem ela quer impressionar, não é para quem ela está escrevendo.
O segundo passo é responder para quem ela realmente está produzindo. Cole diz que escreve para avó dela.
A voz da crítica interna não é sua
Isso me lembrou um vídeo do School of Life que explica como o crítico interior é sempre outra pessoa. Crianças não nascem com medo de colocar ideias no mundo. Quem tolhe esse impulso é algum adulto próximo. Com o tempo, internalizamos essa voz e acabamos achando que ela é nossa.
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