Tenho usado muito a frase “o que você acha?” nas minhas interações na internet. É o perfeito substituto / complemento do meu bordão anterior “vamos conversar”. Eu adoro essa pergunta e recomendo que você a use também. Ou alguma versão que combine com você. Questionar com educação faz a conversa continuar e aprofunda a discussão. Além de tirar o foco de você e passar a bola para a outra pessoa, algo muito necessário nesse mundo lotado de egocêntricos. Três benefícios em uma frase só.
Uma outra vantagem, para mim, é que, toda vez que eu digito “o que você acha?”, eu lembro do meu sobrinho dizendo isso. Ele tem 4 anos, quase 5. Mas aprendeu a fazer essa pergunta quando tinha uns 3.
Meu irmão e minha cunhada têm um acordo de não subestimar a inteligência dele. Por isso, tentam responder tudo que ele pergunta da forma mais científica possível. Também procuram estimulá-lo a pensar por si só, buscando, ele mesmo, as respostas. Eles pediram para tios e avós fazerem o mesmo.
Assim surgiu, na nossa família, o “o que você acha?”. Antes de darmos a resposta para uma pergunta mais complexa dele, tentávamos fazer ele responder sozinho primeiro. O que não antecipamos era que ele iria, rapidinho, aprender a devolver a pergunta. “Não, o que VOCÊ acha”, ele dizia. E é essa pergunta, na vozinha dele, meio desafiadora, meio curiosa, que eu ouço na minha mente toda vez que faço o mesmo questionamento.
Melhorando as conversas
Eu tenho um abuso pessoal por indivíduos que só falam e não perguntam. Só explicam e não ouvem. Nenhuma conversa é interessante quando só um lado participa. Aliás, pergunta: se você não quer saber o que a outra pessoa acha, por que você está conversando com ela?
Então, deixo o convite. Imite a frase do meu sobrinho super esperto e pergunte sempre o que o outro acha. Ouça com atenção a resposta sem pensar na tréplica. E desfrute de um diálogo mais rico e igualitário.
O que você acha?
Deixe um comentário