A revista Você S/A entrevistou o escritor Malcolm Gladwell sobre seu mais recente lançamento, o livro Falando com Estranhos. Durante a conversa, surgiu a pergunta, se lidar com pessoas que não conhecemos já é difícil, como podemos fazer isso em uma realidade cada vez mais complexa? Como lidar com estranhos em um mundo cheio de contradições?

Eis a resposta interessantíssima de Gladwell:

“Meu conselho é: quando lidamos com quem não conhecemos, precisamos ter cautela durante a interação. Desacelerar. Temos de entender que não é possível chegar a um entendimento completo sobre um desconhecido em um curto espaço de tempo. Não dá para interpretar uma pessoa por meio de um comportamento imediato. Atitudes momentâneas são apenas sinais rasos. Por isso, o primeiro passo para estabelecer conexão é estar disposto a admitir erros, voltar atrás e ­reexaminar conclusões iniciais”.

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Eu entendi a ideia dele da seguinte forma: em uma sociedade rica e diversa como a atual, não há espaço para estereótipos e conclusões apressadas. 

Nosso cérebro sempre procura o caminho mais fácil. Formamos um conceito sobre alguém muito rapidamente. Se a pessoa falar demais, ela é chata. Se não olhar para a gente como gostaríamos, deve ser metida. Se ela fala pouco, só pode ser muito tímida. Esse processo é normal, mas Malcolm alerta que talvez seja na hora de lutarmos contra esse impulso. O mundo ficou complexo demais para nossos rótulos mentais desleixados.

Clique aqui para ler a entrevista completa.

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(Imagens: Priscilla Du Preez no Unsplash / Instagram)

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